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(Algarve - Praia do Carvoeiro, 2022)
Neste crepúsculo vespertino, O sol esconde-se no horizonte, Vejo a lua em Quarto Crescente, Quase cumprimentando a Lua Cheia, Ela sorri, e diz-me aguenta, coração. O sol ilumina metade da lua, E eu conto, falta exatamente um ciclo para a nossa reunião. A lua estará na mesma fase quando aterrar o avião. A minha caneta faz um desenho no céu, E lembra-se daquele espetáculo à beira mar orquestrado, A lua sorri. Ela sabe, Dá-me um sorriso emocionado. Voltamos àquele 1º de Setembro, Quando ela subiu quando eu menos esperava, E entrou em cena disfarçada, De laranja no céu timidamente bailava, Ao sabor das ondas eu observava, À beira da minha partida, Naquela dança ao som do mar. O momento inesquecível que até hoje não consegui igualar, Em nenhum outro lugar. Seja qual a fase da lua, Hoje e para sempre, Eu irei sempre observar, Aquela dança à beira mar, E relembrar, O quão boa pode ser uma despedida e um regressar.
Simbologia — Menção ao dia 1 de Setembro: Ao escrever poemas sobre o local onde nasci, a minha família e o nosso reencontro, muitas vezes conto uma história ou menciono algum episódio de um outro poema já escrito. Este poema não foi exceção. Nele faço alusão ao Poema — Dança à Beira-mar que conta um episódio muito bonito que vivi no dia 1 de Setembro de 2020.
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