Em tempos de pandemia, despedi-me da terra do meu coração numa calorosa visita, antes de regressar aos Países Baixos onde vivo atualmente. Durante essa visita, assisti a um dos pores do sol mais bonitos que já vi até hoje.
Escrevi um poema sobre ele.
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Carvoeiro (Algarve, 2020)
O céu pintou — se a rigor, rosa, roxo e azul, A lua subiu quando menos se esperava, Entrou em cena disfarçada, De laranja no céu timidamente bailava, Ao sabor das ondas eu observava, Num ponto inigualável, Estava fora de ser imaginável, Este maravilhoso espetáculo à beira mar orquestrado, No dia 1 de Setembro, Como se ambos tivessem combinado, Do outro lado do horizonte, O sol dava o seu parecer com o seu reflexo a resplandecer, Completava a despedida deste dia, À beira da minha partida, O laranja foi a cor da despedida como que a indicar o meu destino, O vermelho a do amor que deixo e levo para o meu caminho, Nesta dança ao som do mar, Como uma pena, Deixei-me levar , Como um pincel fluí pelas cores mais bonitas
Que para sempre no meu coração irei lapidar.
Carvoeiro (Algarve, 2020)
O homem na fotografia é o meu pescador favorito, o meu pai, que presenciou juntamente comigo este lindo pôr do sol.
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