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Açores, Portugal
Sou uma esponja,
Do mundo.
Absorvo os resíduos que ninguém vê,
O rasto das estrelas no céu,
A sombra da lua,
A prosperidade do pomar,
A casca macia de uma nectarina,
A brisa do mar.
Todos os resíduos minúsculos,
São tinta,
Que eu tatuo no papel.
Mas aqui a minha caneta não precisa de escrever,
A mente é suficiente para nos entreter,
Aqui, sou fruto da imaginação.
Escrava feliz da poesia,
A minha criação,
Razão e noites em clarão,
Rodopios na minha mente,
Vejo o mundo tão claramente.
Aqui do céu,
Vejo a terra,
Absorvo a emoção,
E dou asas à imaginação.
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