
Algar Seco — Carvoeiro (Algarve, 2023)
A vida é como uma maré, Maré que vira, baixa e sobe, Surpreende até o marinheiro mais nobre. A experiência aqui é varrida nas ondas, Por isso, não vale a pena fazer contas, Às horas varridas, perdidas em pleno mar, Mas sim, valorizar, todas as horas de Glória, Passadas em alto mar. Quando a vida nos vira do avesso, E a maré trás a tempestade que não podemos evitar, E o sal cospe a amargura da vida, Relembrando que esta deve ser vivida. A lua entra em cena e acena, Como uma atriz principal, Senhora das Marés que traz a renovação, Uma nova oportunidade, Uma nova canção, A esperança que se renova nos corais, Na sábia proa de uma embarcação. Hoje a vida chamou-nos para a mais importante missão. Hoje a vida, Leva-nos para mares diferenciados, Nunca antes por nós, navegados, Resta-nos remar, Os olhos salgados enxugar. Hoje mais do que nunca, Na corrente da esperança, Iremos navegar, Como sábios marinheiros, E acreditar. A nossa família nasceu com o mar, Hoje pedimos-lhe força, Para esta tempestade ultrapassar, Somos marinheiros que remam sem remos, A nossa bóia ficou em terra, Mas longe chegaremos. Agora seremos nós, Mil bóias para ti. Juntos navegaremos contigo, sim. Juntos prevaleceremos, O nosso barco fortaleceremos. As marés tratarão de nos guiar, Pois elas guiam quem não perde a força de acreditar, Não fosse a nossa razão, A marinheira da nossa vida, A capitã que nos ensinou, A nunca dar uma batalha por vencida, E a navegar na vida. Somos o reflexo da tua luz. O teu brilho que reluz. Neste barco levamos apenas o amor, O ingrediente que a lua que hoje brilha no céu, Nos diz ser o grande conquistador.
Um poema dedicado à minha querida mãe.

Comentarios